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No último encontro que antecede o retorno às ocupações, foi feita uma pré banca interna para que cada grupo apresentasse suas propostas, antes de levá-las para as ocupações. Em geral, os grupos apresentaram desenhos esquemáticas, referências de obras análogas, planilha de orçamentos e suas respectivas diretrizes de projeto. Dentre as apresentações, tem-se :

– Grupo 1: parte de um projeto que envolve a criação de novos espaços e a potencialização dos usos e demandas mapeados nas dinâmicas com os moradores. Foram pontuadas algumas alterações no layout interno do ônibus, que conta com a retirada de cadeiras e a proposição de espaços multiusos conectados a diversas atividades , como leitura, encontros, reuniões, culinária. O projeto apresenta estrutura de suporte, como o toldo, que permitem extrapolar os limites físicos criados pelo ônibus ao mesmo tempo que cria dois ambientes de interação: a parte interna, ligado, principalmente, ao layout, e a parte externa, ligada às questões de visibilidades, relação com o entorno, aproveitamento do terreno e outros. Quanto a identidade visual, o grupo pretende desenvolver algumas dinâmicas e jogos a fim de envolver os moradores nas decisões.

– Grupo 2: com uma proposta que prioriza a mobilidade do ônibus, o grupo apresentou estudos de obras análogas para o mobiliário, contenção do terreno, cozinhas móveis, estruturas de toldos, compartimentos térmicos, projeto hidráulico e elétrico além de iluminação e outros. Pensando em manter a funcionalidade do ônibus, o grupo propôs poucas alterações no layout interno a medida em que concentra as atividades dentro dos terrenos. A ideia é flexibilizar os usos e propor atividades que sejam independentes da estrutura do ônibus, o qual poderá funcionar como um elemento de suporte às ocupações, a partir da cozinha e da tenda que funciona como tela de projeção, por exemplo. Os custos e a disponibilidade de tempo e mão-de-obra, também foram uma preocupação evidente do grupo, o qual pensou a instalação das intervenções em etapas, a fim de flexibilizar o projeto.

– Grupo 3: partiu da amostragem e localização do território, associados a uma breve síntese do processo até o momento. Para as diretrizes, o grupo categorizou as potencialidades e fragilidades do terreno e seu entorno que serviram como base para as decisões de projeto que incluem alterações no layout interno, com a proposição de atividades mapeadas nas dinâmicas com os moradores, como biblioteca, bazar e espaço para reuniões. O grupo também desenvolveu elementos de suporte para as áreas internas e externas, como estantes e cadeiras. Dentro da proposta ainda foi pensada uma pequena estrutura de palco a funcionar na parte de trás ou na lateral do ônibus.

Como considerações gerais, foram levantadas algumas questões importantes, como o cuidado com a representação das propostas, a necessidade de se adequar às demandas a realidade da disciplina, com limite de custos e tempo, a importância das simulações em 3D com características reais do terreno e presença de escala humana, assim como a importância das parcerias e negociações para arrecadação de materiais.